Peças Encenadas
PROEZAS E VIRTUDES DO PRUDENTE PRESIDENTE QUE POR UM OLHO CHORAVA LEITE E PELO OUTRO AZEITE
Escrita com pesquisa de linguagem. O português arcaico com restos de latim e fusões sonoras com o alemão transformava-se em cena numa comédia milagueta, um escracho total ao poder velhaco de um país de terceiro mundo em acelerado processo de decomposição. A incoerência mistura uma máquina chamada Tuturômetroa eletricistas da Casa Branca, sultões do Piauí, despachos para santos e sonetos com a métrica alexandrina.
O cenário tinha um ar de intemporalidade com decoração bufa e farsesca. A iluminação era toda em tons sépia e a pesquisa musical trazia sambas, mambos, rumbas e boleros das décadas de 30 e 50. A montagem foi um sucesso de público e crítica.
O título da peça é considerado o maior da dramaturgia brasileira.
FICHA TÉCNICA:
Elenco: Catulo Parra e Régius Brandão. (Na segunda temporada João Carlos Castanha substituiu Régius Brandão)
Cenário: Nelson Magalhães
Pesquisa musical: Meme Meneghetti
Fotografia: Cláudio Etges
Produção: Parra Produções
Direção: Julio Zanotta
DATA DE ESTREIA:
03 de março de 1988 no Teatro Renascença em Porto Alegre/RS
NA IMPRENSA
Os Presidenciáveis
Se alguém pensa que eles não tem uma infra-estrutura capaz de fazer frente às campanhas dos outros candidatos, está redondamente equivocado. Pepê e o seu concorrente a vice presidência contrataram o especialista norte-americanoem marketing político, Madox Brow, para coordenar suas campanhas.
Zero Hora
20 de março de 1988
Por Rui Roberto Felten
Vamos rir da Política
Muitas inteligentes e não ocasionais atrapalhadas suscedem-se daí, onde o público sempre se identificará. Lady Prudência, por exemplo, exige do marido providencias contra a violência urbana: acaba de ser assaltada.
Zero Hora
03 de março de 1988
Por Redação Zero Hora
Desenterrando arcaísmos numa farsa política
Não é um espetáculo de marcações rígidas. ‘’Um dia um ator está falando no sofá, outro dia debaixo da mesa’’. Os atores elogiam essa qualidade de ‘’teatro vivo, longe do ranço das montagens tradicionais’’. É como se fosse uma ebulição constante, um ensaio melhor que o outro, onde a energia do momento organiza a própria cena’’.
Diário do Sul
03 de março de 1988
Por Cida Golin
Culutus e Pepê foram aos bares
O senador Culutus disse, em mio aos sorrisos dos freqüentadores do bar, que o povo, no governo proposto pelos dois personagens, poderia chamar o presidente de qualquer coisa, até de ‘’veado’’. A plataforma os dois candidatos inclui, por exemplo, tirar ‘’aquela canalha que está lá em cima’’ e combater o mal-de-Chagas, fazendo com que os líticos empunhem bombas de Flit.