Peças Encenadas

Nietzche no Paraguay

NIETZCHE NO PARAGUAY

Nietzsche no Paraguay” estreou no Teatro de Câmara, em Porto Alegre, em 22 de maio de 1986. A peça se desenvolve em tom de farsa. Nietzsche recebe alta numa clínica psiquiátrica 100 depois de sua internação e parte em busca do grande amor de sua vida, a sua irmã Elizabeth, que vive no Paraguai. Baseia-se num fato real.

A irmã de Nietzsche, Elizabeth Forster Nietzche, fundou no Paraguai uma comunidade utópica, financiada por Richard Wagner. A comunidade fracassou, mas os alemães, que se assentaram no inóspito Chaco paraguaio, deixaram um legado.

Foram eles que inventaram a industrialização da erva-mate. Na peça, o filósofo Nietzsche é recebido como uma celebridade. Envolve-se num golpe de estado e descobre que sua irmã Elizabeth agora se chama Mercedez e está casada com um ditador exilado.

Nietzsche finalmente encontra a irmã e tem com ela uma enlouquecida relação amorosa. A mansão em que estão é invadida por guerrilheiros que justiciam o ditador. Sem saída, Niezsche foge para São Paulo dirigindo um caminhão carregado com marijuana. 

FICHA TÉCNICA:
Elenco: Biratã Vieira, Sirmar Antunes, Beatriz Brito, Lori Nelson, Meme Meneghethi, Naira Harry, Rosa Lima e Régius Brandão.
Produção: Régius Brandão
Direção: Carlos Cunha

DATA DE ESTREIA:
22 de maio de 1986 no Teatro de Câmara em Porto Alegre/RS

NA IMPRENSA

Nietzsche num Sanatório

O tema da loucura não interessou por acaso a Julio Zanotta Vieira, que sempre trabalhou temas muito próximos, inclusive o absurdo. Não é casual, por exemplo, que se tome Nietzsche num sanatório para dementes, e muito menos que o narrador seja um louco, ou ao menos catalogado como tal.

Gazeta Mercantil Sul

04 de junho de 1986
Por Antônio Hohfeldt
Nietzsche não chegou ao Paraguai

Não existe uma história a ser narrada. Mas prevalece um clima irracional de corrente de consciência, misturando a figura do filósofo Nietzsche com um entrecho imaginário. Assim, ficam mascaradas as intenções mais fundas do texto, enredadas num caleidoscópio psicanalítico de associações livres.

Zero Hora

06 de junho de 1986
Por Claudio Heeman

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